segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Problemas comuns em comunidades

A INTERNET nos trouxe muitas coisas boas (e outras tantas horríveis) mas, com certeza, a possibilidade de  acesso a informações antes impensáveis ou que demoravam muito a chegar até nós é uma das grandes vantagens da rede. Num mundo cada vez mais acelerado, onde ninguém dá conta de consumir a novidade da hora e no qual, daqui há cinco minutos, quando eu terminar esse texto, outros bilhões de dados novos já terão chegado à rede com novas informações, faz falta parar e pensar. Bom, tudo isso para dizer que, se esse excesso nos oprime, podemos buscar o lado positivo de toda essa carga de informações e, foi surfando em busca de bons exemplos e alternativas que podem ser implantadas no nosso condomínio, que descobri que muitos dos problemas que relatamos, e outros ainda, são comuns à grande maioria dos condomínios residenciais.
Como exemplo, a questão de direitos, barulhos ou uso de equipamento de som. Essa questão, bastante complexa, é causa comum de queixas entre vizinhos. Alguns acreditam que fora do horário de silêncio, vale tudo, o que não é verdade, há de se respeitar sempre um limite do tolerável para os barulhos; por outro lado, outros querem o silêncio absoluto e não toleram nada, nenhum tipo de barulho. Poxa, se alguém como esses dois casos precisa de tanta exclusividade no convívio, ou seja, quero ter domínio completo do lugar, ou poder colocar som alto à vontade, fazer festa todo final de semana, tocar bateria a qualquer hora, bom, nenhum desses dois está preparado para morar em condomínio.
A palavra Condomínio traz consigo o sentido de conviver, ou seja, viver em conjunto, em comunidade, em compartilhamento. Tudo isso, para se tornar satisfatório para os diferentes atores do processo deve, obrigatoriamente, passar pelo respeito às regras, e daí a importância do Regimento e de se cumprir o mesmo, passa também pelo uso da tolerância, da gentileza e de algo muito raro nos dias de hoje: refletir como eu me comportaria na situação do outro. Será que eu seria tão intolerante? Será que eu seria tão arrogante? Será? E vocês vizinhos, o que acham? Geralmente quando a pimenta está nos olhos do outro arde bem menos, né?

6 comentários:

  1. ANDREA....MUITO BOM O TEXTO...SE TODAS AS PESSOAS TIVESSEM SENTIMENTO DE COOPERAÇÃO, SOLIDARIEDADE, PREOCUPAÇÃO COM QUEM VIVE AO SEU LADO OU A SUA FRENTE COM CERTEZA O CONDOMÍNIO ESTARIA MUITO MELHOR....MAS SE ALGO ESTÁ ERRADO AS PESSOAS COLOCAM SENTIMENTOS PESSOAIS ACIMA DAS REGRAS....VIM MORAR AQUI POR EXISTIREM REGRAS ...ACHEI QUE ERAM CUMPRIDAS...INFELIZMENTE TEMOS UM REGULAMENTO QUE FUNCIONA SOMENTE PARA ALGUNS.... POR ISSO EXISTE TANTA RECLAMAÇÃO NO LIVRO DE OCORRÊNCIAS....ASSUNTOS QUE PODERIAM SER EVITADOS COM SIMPLES CONVERSAS SE TORNAM MUITO MAIS GRAVES PELA OMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO....OU POR ATOS E PALAVRAS DO TIPO: ATUO CONFORME MINHAS CONVENIÊNCIAS....(para mim isso não é viver em condomínio)...

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  2. Marco Antônio Záchia Ayub1 de agosto de 2011 às 17:08

    Prezada Andrea (e vizinhos em geral),

    Bela iniciativa a do blog, que eu gostaria de parabenizar. Um canal aberto para discutirmos problemas e soluções desta pequena comunidade.
    Já se falou aqui de alguns dos pontos mais críticos do Cantegril, como a falta arborização, o esgoto e agora sobre o barulho.
    Este último, é um problema que transcende os muros do Cantegril e é o reflexo de uma sociedade onde as pessoas não sabem (e não querem) respeitar os direitos dos outros. O caso é que cada vez mais temos que nos submetermos aos desejos de alguém de ouvir o som do carro ou do aparelho da sala a um volume altíssimo, sem se preocupar se isto perturba a vizinhança. Para piorar a situação, quando interpelados a baixar o volume, mesmo que de forma civilizada, são, normalmente, muito agressivos e desrespeitosos, demonstrando a tão familiar arrogancia da classe média brasileira.
    Mesmo fora do horário de silêncio, há que existir uma regra de limites toleráveis de barulho pois, de outra forma, fica impossível viver em harmonia.
    A melhor coisa a se fazer é a conscientização. Barulho incomoda; ele invade o espaço alheio, sem que se possa fazer nada para detê-lo; ele também invade o espaço natural, perturbando a natureza. É por isso que o chamamos de "poluição sonora".
    Vamos começar por aí?
    Vamos também pensar em uma direção consciente e atuante que reflita estas preocupações da comunidade.

    Um abraço a todos.

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  3. Obrigado vizinhos pelas postagens. a ideia do blog é essa mesma, funcionar como um espaço aberto e democrático onde haja possa exercitar um pouco mais da reflexão sobre o modo como estamos vivendo, as opções que fizemos e as práticas às vezes tão automáticas do dia a dia, onde gentileza se tornou uma coisa obsoleta, ultrapassada e desnecessária. Li esses dias sobre um conceito novo de comunidade, já existente na Europa e USA, chamado de cohousing. Já ouviram falar, trata-se do compartilhamento de espaços comuns, como bibliotecas, salas de estar, lavanderias, etc por condôminos com objetivo de estreitar relações, humanizar a vizinhança.no ano passado fizemos uma tentativa dessas, com a criação do espaço de leitura infantil (doação de mais de 50 títulos infantis) na sede da Fase 2. pena que quase ninguém aproveitou, quem sabe um novo síndico implanta um lugar assim para podermos nos reunir? Aqueles que sentem saudades do tempo da faculdade podem pensar numa re-edição do Centro acadêmico (com direito a mesa de sinuca e tudo!!)

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  4. Para se viver em condomínio,na minha opinião,temos que fazer tudo que estiver ao nosso alcance para dar paz aos nossos vizinhos,respeitá-los com relação as suas individualidades e tratá-los como gostaríamos que fossemos tratados.Quando por alguma razão não formos correspondidos ou desacatados ai surge o regulamento que deve ser o fiel da balança.Lembro da estória de um amigo que foi por muitos anos síndico do prédio dele,quando em uma tarde seu filho foi brincar em uma area proibida no condomínio, junto com filhos de outros moradores,não teve dúvidas,aplicou multa em todos os envolvidos inclusive nele mesmo.após o ocorrido os pais das crianças vieram até o seu apartamento reclamar que foram multados,mas o filho de estava junto,foi quando ele mostrou a multa que ele também levou,ficaram sem argumentos,baixaram a cabeça e saíram de mansinho.Quando foi na época de eleição do síndico foram os primeiros a dar apoio para a reeleição.Isso eu chamo de zelo para com o regulamento.Se fosse aqui no nosso condomínio o que será que aconteceria?

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  5. Poderia colocar este texto que achei muito interessante no blog.


    Fonte: Jornal do Sindico
    Silêncio é lei dia e noite

    Por Luiz Fernando de Queiroz
    Hoje, fiquei estarrecido com a história contada por minha filha sobre uma festa acontecida em condomínio fechado na cidade de Florianópolis. Chamou a atenção a total falta de respeito para com os vizinhos, no quesito barulho, ao ponto de um deles ter chegado perto de cometer crime de homicídio.

    Como fica, se nem em condomínio fechado se pode ter sossego? A polícia foi chamada, mas só depois que os ânimos estavam exasperados e que o barulho há muito tinha passado de todos os limites, com as caixas de sons abertas e, de propósito, alguns alarmes de carro acionados.
    Escrevendo no “Boletim do Condomínio” (edição de setembro/2001), sob o título “Problemas de Convivência entre Vizinhos”, o administrador Márcio Porto chama a atenção para um aspecto importante da “lei do silêncio”, o qual, por tradição ou puro desconhecimento da maioria das pessoas, tem dado margem a abusos. Na íntegra:
    “Som alto: em primeiro lugar vamos já eliminar um tabu, que é o de que até às 22:00h tudo é permitido. Em nenhum lugar do Código Civil nem na Lei 4.591/64 (...) dos Condomínios consta esta afirmação, acredita-se que se trata de cultura popular sem o menor amparo legal. Portanto aquele que prejudica o sossego e a saúde de terceiros está cometendo uma infração, e como tal poderá ser punido, isto durante as 24 horas do dia.”
    Confesso que também fui vítima da sabedoria popular. Embora já tenha feito dezenas de alusões ao artigo 554 do Código Civil, aquele que diz que “o proprietário ou inquilino de um prédio tem o direito de impedir que o mau uso da propriedade vizinha possa prejudicar a segurança, o sossego e a saúde dos que o habitam”, nunca me ocorreu reforçar a idéia de que o respeito ao vizinho deve acontecer nas 24 horas do dia, como o faz, tão incisivamente, o articulista citado.
    Com razão, o Código Civil não diz que o barulho deverá ser reduzido só no período da noite nem que, durante o dia, se esteja livre para elevar o som a níveis insuportáveis. Existem, sim, muitas normas locais sobre o assunto, como posturas municipais que fixam limites de decibéis a serem suportados durante o dia e durante a noite, bem como regimentos internos de condomínios, que prevêem diferentes restrições a ruídos numa hora e noutra.
    O problema, ao que tudo indica, tende a aumentar. Não que as pessoas estejam mais barulhentas, mas porque está aumentando o nível econômico e as exigências de quem mora em condomínio. Quem viajou para o exterior sabe o rigor com que as normas de boa convivência entre vizinhos são cumpridas, especialmente no tocante à poluição sonora, a ponto de se proibir as brincadeiras de crianças, mesmo no playground, em determinados horários (após o almoço e à noite).
    Vale lembrar que existem outros barulhos, que não agridem os ouvidos mas que afetam sensivelmente os nervos das pessoas. Embora baixos em decibéis, irritam profundamente, a ponto de deixar algumas pessoas à beira da loucura. Muitos deles provêm do apartamento de cima (ou de baixo) e podem ser produzidos por animais, máquinas, instrumentos musicais etc.
    Diz o ditado popular: “Os incomodados que se mudem.” Mas quem disse que os ditados populares têm sempre razão?
    Advogado e colaborador da Folha do Síndico e do Jornal do Síndico


    (Barulho é barulho, incomoda, irrita, desassossega, sendo de som alto, instrumentos musicais, animais domésticos ou festas)

    O pior é que tem pessoas que sabem e na maioria das vezes fazem de propósito.

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  6. Bom Dia



    A questão do condomínio é que as pessoas vêm morar aqui achando que por serem casas tem direito a fazerem tudo.

    Fora o som alto que escuto dos funks e musicas de baixa qualidade (para o meu gosto musical) ainda tenho de agüentar os gatos que entram em minha cozinha e a cachorrada que late demais....tirar um cochiilo após ao meio dia na área da frente deitada em uma rede se torna impossível a latidos insuportáveis devido a vizinhos que deixam seus cães soltos no pátio latindo para tudo e todos que passam... Gostaria de ser acordada pelos sons dos pássaros e não por uma matilha de cães.

    Existe alguma coisa a fazer antes que a situação se torne muito mais insalubre.

    Essa questão é a mesma do som, não tenho cachorros nem gatos mas sou OBRIGADA a agüentá-los......

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