quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A tal sustentabilidade, que bicho é esse afinal?

Nos últimos anos temos sido bombardeados com o termo "sustentabilidade", 'sustentável" e seus derivados. Muitos acham que isso é um modismo, o tal marketing verde, outros que isso é coisa de "ecochato" e outros tantos nem entendem exatamente o que, mas ouvem tanto que acham que deve ser algo bom. hoje quero falar aqui de uma outra sustentabilidade, que não tem exatamente a ver com as questões ambientais, árvores, bichos, etc., na verdade quero falar de sustentabilidade humana.
De que adianta separar o lixo, controlar o consumo de água, optar por fontes limpas de energia, se no calor do trânsito, na correria de todo dia, na briga com um vizinho, olhamos o outro como inimigo? sustentabilidade nas relações é manter-se fiel a si mesmo, ter um impacto pessoal no meio em que vive, mas priorizar o interesse coletivo. Uma das práticas para isso é romper com a noção de grupo - quem falou que quem tem 20 anos não pode interagir e aprender com outro de 70 anos? Quem disse que cristãos não conseguem conviver com ateus? abrir-se para o diferente coloca à prova nossas crenças, afinal a diferença é o ouro do encontro, que nos faz repensar nossas convicções e evoluir. Discordar sem perder o afeto. uma relação sustentável é autêntica, baseada na verdade e na transparência, mas nem sempre é harmônica. Os conflitos são inevitáveis e devem ser bem-vindos, pois obrigam ao diálogo e nos colocam de frente para nossas dificuldades. acredito realmente que somos seres em transição e a relação entre nós é o caminho para a transformação. Estamos no mundo para nos transformar. Os vínculos tem esse poder transformador que não nos permite repetir padrões e obrigam olhar o diferente e a rever nossas posturas.

Um comentário:

  1. Andréa, esta deve ser o nosso mote de vida. O sentido do viver está nas relações e, como bem lembraste em teu texto, no poder transformador da troca. Somos seres gregários e isto nos fortalece, enobrece nossa essência. Adorei tua frase 'discordar sem perder o afeto', sem perder a ternura, pois somos diferentes e nem sempre vemos o mundo pelo mesmo ângulo. Por isso, junto com a Primavera, devemos mais uma vez, desabrochar pra vida, pros amigos, pra convivência... vamos sair da 'toca' e encontrar os amigos e vizinhos e viver a maravilha que é este nosso condomínio! Eu já estou colocando minha cadeirinha em frente a casa com o chimarrão amigo e a vontade de bater papo no final do dia, após a missão cumprida do dia de labuta.
    Bem vindos!
    Abraço a todos.

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